sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ESTÁ MAL...

By myself & KB

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Mal ou Mau

Estas duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, os seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. A forma mais fácil e eficaz de usarmos corretamente estas palavras é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual está correto na frase. O adjetivo mau é o contrário de bom e o advérbiomal é o contrário de bem
fonte: (http://duvidas.dicio.com.br/mal-ou-mau/)

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"ESTÁ MAL..."


Ultimamente a expressão saí muitas vezes para dar uma volta pela cidade, a cada canto ou momento há sempre alguém solicitando por vício ou necessidade uns cinquenta kwanzas, como uma forma de protecção e algumas vezes como um manifesto do estado real do meu bolso.

O quadro económico e financeiro do país certamente é uma matéria para os especialista da matéria se debruçarem, mas na linguagem corrente podemos mesmo reinventa-la para dizer que o rio "kwanza" está sem corrente ou sem vida. Caso que se torna preocupante tendo em conta o impacto na sociedade e famílias no seu dia-a-dia. Quando olhamos para o nosso ponto financeiro pessoal em geral podemos sem muito estudo ou pesquisa social concluir que estamos num quadro cinco a dez vezes menos favorável que há dois anos atrás.

Naturalmente que não devemos ir em busca de culpados pela situação individual, mas no cômputo geral será que seremos justo em questionar os gestores da coisa pública ou os investimento e a sua aplicabilidade. Bem as dúvidas em tempos de pouco pão e nenhuma massa levam sempre a que todo membro da equipa/família/sociedade ache-se dono da certeza e razão.

Pessoalmente acredito e ainda sim vivo pelo que acredito quando digo que as desculpas pertencem aos fracassados. No entanto voltando ao motivo que fez com que eu partilha-se aqui algumas linhas hoje... Em alguns momento o facto de sermos bem-educados pode levar com que algumas pessoas sintam-se no direito de se aproveitarem do nosso bolso, mas ATENÇÃO não devemos deixar de ser educados e humanistas, como hoje começando pelo rapaz que lava o carro e vai receber o pagamento pela prestação de serviço, e nem com isso usou uma melhor técnica de negociação que poderia solicitar um adiantamento de cinquenta kwanzas, depois passei duas vezes pelo jardineiro que não resistiu em tentar a sorte na segunda vez de receber qualquer coisa para o matabicho.

Nós começamos a ter uma espécie de vírus de pedintes ou vidas fofas, o que faz com que um rapaz de vinte poucos anos chegar a gabar-se de não entender porque anda todo o mundo a reclamar da crise ou baixa do petróleo, quando segundo ele "nunca vivi também em minha vida, agora todas as damas gostosas da minha banda eu co... basta um jantar ou dez mil kwanzas, estão todas com fome...". De facto a fome pode atrofiar a mente e matar os valores, mas será que todos os pedintes em todos os diferentes níveis passam fome?

Agora desculpa-me querida leitora não vou escrever mais porque tenho que ir apanhar o carro que já está pronto e pensar no caso da PEP e Shoprite...

Até já!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Talvez

By Kardo Bestilo
03.08.2016 | Luanda

As palavras podem ser muito intuitivas ou abrir as portas da imaginação de um escritor/poeta como uma escada para o palco da imaginação ou criação.

O Poeta vê as palavras como imagens no seu processo de criação o que acaba por uma imagem chamar por outra e assim por diante, naturalmente que o processo não é necessariamente taxativo para cada criador.  

A palavra "TALVEZ" considero bastante inspiradora, o que podemos chamar de palavra de força, na minha escrita e forma de ver a vida. Naturalmente que há outras como "Oxalá" que gritam no meu interior em cada cruzamento.

Hoje estava a recordar, apesar de não saber nenhum de cor e salteado, alguns Poema que de alguma forma a imagem de "TALVEZ" aparecem de formas diferentes, mas representando a maneira como vejo a mesma. Para mim acaba por ser aquela palavra que representa a certeza na incerteza, a sensação de sabermos mas ao mesmo tempo existir a grande possibilidade de tudo o que é não ser. Acaba também por ser a plataforma das dúvidas das coisas que ouvimos, vemos, vivemos e como seres pensantes e feitos de emoções acabamos por normalmente no nosso dia-a-dia elevar ao nosso palco das relações pessoais e profissionais.

Num dos Poemas no livro "ControVerso" o "TALVEZ" aparece também na língua de Shakespeare e questiona a possibilidade de casar em maio e, já no outro a razão de ter um coração se me faz sentir e sofrer. Ainda no mesmo livro consta o Poema "Nada" que questiona o nada mas sempre com a opção que a palavra "Talvez" acaba de oferecer a humanidade de poder ponderar e optar. 

Talvez!

Talvez no final apenas seja uma probabilidade ou uma tendência que o Poeta vai apenas escrever quando tiver a viver um momento de emoção quer positiva como quer negativa. O grande desafio no final vai continuar a ser a necessidade de ter vezes suficiente a disciplina que é obrigatória num escritor ou pensador, escrever ou pensar constantemente, assim como é necessária nos atletas de alta competição se quiserem ir além de um "Talvez" e conseguirem um "Sim" de conquistas e medalhas de ouro. 

Fonte da imagem: http://www.tijolaco.com.br