quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Saudades Eternas

Não é todo o dia que há força
Sinto falta da voz e conversas
Minha escrita construi-se em noite escura
Quero teu conselho amigo

Quero chamar-te Pai...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Assim

Incrivel é o momento que vivo,
Incrivel é toda a dor e momentos
A luz raiar e a esperança persistir
Os labios desertarem e o sorriso insistir

As lágrimas nadarem em meu mar
Os caracois da ideia confudirem o céu

Assim...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Moda da Minha Praça

Não sei há quanto tempo isto corre...
A verdade é que na minha praça já está a tornar-se moda criar concursos e decidir que ninguém ganha. É interessante porque na realidade se eu decido criar também devo certamente poder decidir não dar o prêmio, será?! ou não será?!
2010 será para o Mundo o ano do Futebol com a realização de sabor a África. Vamos ter logo no arranque do ano o antigo CAN, que agora foi engolida pela laranja e depois temos o Mundial de Futebol.
Onde eu preciso da tua ajuda é para perceber o que aconteceria se a FAF/FIFA no final do campeonato decidisse que ninguém ou melhor nenhuma das equipas demonstrou qualidade de jogo e que por essa razão não haveria campeão mundial.
Pois é, é exactamente este cenário que está a viver o mundo da cultura Angolana. Instituições realização galas, criam prêmios de caracter nacional e depois argumentam que as obras não tiveram qualidade e por esta razão não atribuiem os prêmios.
No meu ver que pouco ou nada entendo de premiação e concursos ou seus regulamentos, acho que deveriamos sempre atribuir o prêmio ao melhor entre os medíocres se assim achamos que o são, de formas à que no próximo ano tenhamos mais qualidade e concorrência.
Esta moda já parece um aborto cultural, ou será que os juries também ainda são os jogadores?
O que é que dizes?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um Dia Assim


Um dia de Teste.

Hoje quando eram 05h36 da manhã tudo parecia ser um dia para começar mais cedo o trabalho...

12 de Novembro de 2009.

Acordei com força e vontade de começar a jornada do sucesso, sabem como é para gente rica. obedeci aos procedimentos de toda nova luz e as 06h25 +/- estava em frente ao próprio time machine (O companheiro dos últimos 5 anos).

Para o meu espanto, como se fosse o dudu faz tudo, hihihi, o meu querido carro já tinha as portas abertas para me receber. Mas como a realidade é dura ele tinha sofrido uma violação do seu direito de privacidade.

fiquei chocado, triste, nervoso comigo mesmo, pensei, repensei. Nada mais podia fazer se não tentar fazer o levantamento do que faltava.

E para dar mais raiva da cara, apesar de deixarem o meu pass e CD´s, levaram uma pasta de um amigo escritor "Kardo" com alguns objectos não muito interessantes e outros bastante interessantes. Como fui esquecer a pasta no porta bagagem!!

levaram a pasta e tudo que ela carregava (Rascunho do Livro do Mukanda que estava a revisar, rascunho do Regasso da Mátria, 6 livros "ControVerso" do Kardo Bestilo, 2 livros "Mátria" do Nguimba Ngola, 1 livro "Um Final Feliz" da Lueji Dharma e a Filmagem do Grande Evento de Poesia "Camcorder do Paulo").

Falei como o meu irmão para ver um novo vidro e, imaginem só... As representantes não tenhêm em stock.

Vasculhamos as lojas em busca de uma nova camcorder e, o preço é mais assassino que o ladrão irá vender, são apenas 1500 usd.

Mas o bom é k já estou feliz e calmo e, tenho a certeza que vamos encontrar soluções para todo este transtorno que transbordo em letras negras de dor.

Quem sabe um dia serve para um novo conto ou Poema.

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O grave no fundo disto tudo é que não se vive em Luanda sem ser assaltado de alguma forma durante 3 anos.

Vou dar uma volta entre as saudades e desejos para pensar em soluções, mas será que queremos resolver os efeitos para toda uma vida ou algum dia vamos resolver as causas de tanto desiquilibrio social, que todos os dias não parece ficar em nenhuma das estações de comboio ou paragem de autocarro. Para onde caminha uma sociedade que não cuida de si e espera uma solução da sociedade do vizinho distante...

Amé

terça-feira, 28 de julho de 2009

Semana do Poema


Luanda está cada vez mais tornada na cidade da Poesia Ao ViVo, não deixe de alimentar a sua alma e humanizar o seu ser com cultura e arte.
Publico da Arte em Angola
Artes Ao Vivo
Gesta Artes
Instituto Camões, Editora Chá de Caxinde e João Melo
Movimento Lev´Arte

Noite Poéticas


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Três Anos de Poesia Ao ViVo (Tarde de Poesia)


Sábado - 25/07/2009 na Casa da Juventude/Viana às 16h00

Lev´Arte e Casa da Juventude/Viana
Para celebrar o terceiro aniversário do Lev´Arte acontece este Sábado na Casa da Juventude em Viana um Show Poesia ao ViVo e Apresentação da Obra de Nguimba Ngola o pai de Mátria.


www.fazemosacontecer.blogspot.com
927 00 1780

domingo, 12 de julho de 2009

A Morte do Espírito

Nós vivemos para servir algum sistema. Toda a energia na terra não desaparece mas transforma-se em outra.

Mas a a nossa morte começa quando alguém deixa de gostar de nós. O amor é eterno e só vivemos na presença do seu ritmo.

Kunanga Strategy

As escolas de gestão dizem-nos que se quiseres ter uma actividade realizada dá a pessoa mais ocupada, que ela vai arranjar uma forma de gerir e realizar a tarefa.

Podemos a partir daí subentender que uma pessoa que está sempre ocupada e sem tempo para nos escutar ou realizar mais uma actividade estar no caso simplesmente a usar a Kunanga Strategy.

O que é um Kunanga?

Um kunanga é um ser humano que não faz nada na vida para sustentar os seus vícios e necessidades básicas. O kunanga pode passar o dia todo a pensar em o que poderá fazer de diferente e depois ter que descansar com uma cerveja bem fresca, porque teve um dia muito ocupado.
O que é Strategy ou estrategia?
É a definição ou determinação dos passos a seguir de formas a se atingir uma determinada meta ou seja a caminhada que se adequa a nossa passada/forma de agir e ser.
Kussi Bernardo

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Nós e o Lixo

Kussi Bernardo

O desenvolvimento das populações tem trazido muitas alegrias e contribuído para o descoberta de soluções para as enfermidades que a humanidade enfrentou ao longo dos séculos. A manutenção deste bem estar para a humanidade, carros e melhor qualidade de vida trouxe entre outros aspectos positivos o aumento da população e tempo de vida do ser humano. Mas como tudo na vida acarreta o seu preço, nós começamos já apagar o preço do desenvolvimento.

Há cada vez mais Resíduos sólidos (lixo) ao nosso redor, a média de produção mundial estimada em quase 1,5kg/dia para cada cidadão do mundo, apesar da média europeia (zona euro) estar hoje estimada abaixo de 1,24kg por dia. Nos últimos dezasseis anos Angola não escapou ao crescimento incontornável do Lixo, que como a população nasce e cresce, mas o lixo tem mostrado dificuldades sérias em morrer. Como resposta há este conhecido fenómeno da vida secular do lixo, vários países no mundo têm optado pela implementação de sistemas de reciclagem do lixo.

O problema é que ainda não foi adoptada uma política de reciclagem no nosso país, nem muito menos praticamos de forma individual expressiva a reciclagem consciente.

Não temos disponível e nem há a vista estudos para se perceber o processo de produção do lixo, que quantidade de facto é produzida em todo o país não é sabida. A capital devido a guerra que assolou o país durante três décadas, acabou se transformando no maior pólo de concentração populacional de Angola, com cerca de cinco milhões de habitantes hoje, Luanda concentra cerca de um terço da população nacional. Também é aqui onde se produz a maior parte do lixo de todo país.

Hoje o ciclo de vida do lixo é muito incerto, de um modo geral uma parte do lixo é recolhida dos contentores e lixeiras residenciais, transportado para as lixeiras centrais ou aterros e queimado ou aterrado. Mas o sistema de recolha não consegue atender a demanda, pode-se dizer que temos uma capacidade de produção dez vezes superior a das empresas de tratamento de lixo todas juntas. O que nos diz tudo isto é que, é preciso haver o envolvimento de todos para poder-se reduzir o lixo e diminuir o impacto da actividade humana na natureza.

Há muita coisa que podemos fazer desde as mais simples a custo quase zero até as mais complexas que necessitam de investimentos avultados. Alguns exemplos:


A compostagem em nossas casas, separando restos de alimentos, folhas e papel e enterrando;


Usar guardanapos de pano ao invés de papel;


Entregar as roupas velhas (depois de lavadas e engomadas) à instituições de caridade;


Usar sacos de pano no lugar dos de plástico;


Separar garrafas e latas para re-uso (reciclagem utilitária ou oferecer a quem pode utilizar);


Imprimir apenas o necessário e imprimir sempre dos dois lados da folha;


Pensar na utilidade antes de comprar uma coisa nova;


Implementar a tecnologia alemã de transformação do lixo em energia em uso já em países como o Brasil e a Polónia;


Colocar nas zonas urbanas e rurais contentores para lixo diferenciado para fins de reciclagem.

A implementação da tecnologia alemã de transformação do lixo para além de contribuir para a conservação do ambiente, também gera empregos directos e indirectos.

Apesar de serem apontadas aqui algumas soluções, é preciso não esquecer que toda e qualquer acção ou soluções dependem de nós. Por isso precisamos de mudar os nossos hábitos, reeducarmo-nos ambientalmente, criar políticas de protecção do ambiente e tratamento do lixo e assegurar o seu cumprimento.

O tratamento do lixo deve ser visto como um dever cívico e de sobrevivência. Se continuarmos a caminhar ao ritmo actual vamos deixar heranças incontornáveis para os nossos bisnetos e desenvolver doenças hoje não conhecidas. Não podemos continuar a espera de uma solução precisamos mesmo é de ser a solução. A natureza e a humanidade precisam de ti, de mim e de todo um.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Às Vezes Queremos Ser Desorganizados


Um Acordar Para Não Calar
Kussi Bernardo


Talvez o título queira ser mais exigente do que o que eu trago hoje para a mesa da escrita. Na realidade tudo o que quero dizer termina com uma simples frase “nunca mais escrevi”. Não sei se é por opção ou por falta de disciplina, mas de facto no meu mundo nós às vezes queremos ser desorganizados por motivos mil e quinhentos.

A organização implica estratégia, reflexão, analise entre outras linhas que não vou aqui pintar. Como consequência do processo organização acabamos por ganhar consciência das coisas ou como dizem los outros “maturidade”.

Maturidade nos meandros da má gestão pode significar a morte intelectual ou a frustração humana, uma vez que a morte física já não é uma comodidade na minha cidade pelo menos, mas não deixa de ser um acordar para não calar.

Ontem conheci o Madeira, um jovem de 60 – 70 anos de idade mais ou menos, apesar dos seus cabelos brancos e pele corada de tanto sol da vida, mostrou-me que está determinado em não deixar de ser jovem e, continuar a questionar e a lutar pelos seus direitos e as coisas certas numa sociedade.

Antes do dia antes de ontem descobri, como se usa-se um cobertor ou coisa assim (hihihi), que agora também carrego um fio de cabelo branco entre os muitos que ainda são pretos e com brilho.

Mas a estúpida verdade é que para ser organizado cá entre nós significa ainda pensar em... será que vai faltar luz, onde é que posso comprar uma cisterna de água limpa a bom preço, ficar quatro horas na fila para encher o depósito de combustível do carro, cair num buraco para falar um..., ser pedreiro, arquitecto, porteiro e ainda engenheiro e, não ter uma casa digna à venda dentro do meu dinheiro, fazer além do nosso limite como escravos ao pôr-do-sol para receber um satisfatório como elogio ou classificação de um...

...bem é melhor ser desorganizado e não pensar em nada disto e apenas beber a minha cuca até fundir a cuca para poder chegar a velhice.

Mas infelizmente a minha avô não me educou assim! Ela sempre disse “tens que ser sempre o melhor naquilo que decidires fazer, se fores pedreiro seja o melhor, se fores advogado seja o melhor, se fores apanhador de lixo seja o melhor, porque os melhores sempre brilham” Nina Faria.

E para piorar ainda mais a coisa a minha consciência e Kardo ensinaram-me que devemos fazer do bem fazer uma cultura. “Temos que ter a cultura de fazer e bem as coisas, senão um dia quando temos uma oportunidade melhor não teremos a cultura de fazer e, por mais que nos paguem melhor não vamos necessariamente fazer melhor” Kussi Bernardo Management (KBM).

Isto é mesmo controverso, talvez tenha sido por isso que escolhi um título assim “ControVerso”, por ser a forma de dizer tudo em uma palavra sem dizer quase nada será?!!

Seja como for, a minha forma mental precisa de férias, mas de qualquer forma bem-vinda(o) ao meu ano de 2009 e, desculpa-me por querer ser também desorganizado e seguir a onda do silêncio.

“O que é bom deve ser partilhado” KB