sábado, 20 de setembro de 2008

A Morte Da Família


Aconselha a minha sociedade mãe:

Mãe! Eu vi o fantasma social, a coisa está terrível lá fora
O Mundo está feroz, a sociedade está atroz, a vida está veloz,
Não há mais tempo para comer à mesa,
Passear durante o dia com os nossos filhos.
A rotina casa-trabalho dia-a-dia, dentro e fora,
Altas horas de consumo profissional e financeiro a colonizar-nos.

O ver família e brincar com os filhos virou excursão de museu,
Todos os nossos pilares em relação à família
Já não coadunam! Tudo desagua e sem açúcar!

Meus filhos quando saio e chego estão a dormir,
Sonhando como seria se tivessem uma mãe e 1 pai
Como no nosso tempo, anos setenta princípio de oitenta
E não dá para conciliar entra a necessidade do maldito dinheiro!
Ele, sim! O mesmo que diz que 100 mim Ninguém vive...
Tentamos colmatar, Oh! Minha Mãe!

Alugamos pais:
Um mais um – professores e mais uma colher – babas;
Quero meus pais – creche e rouba se preciso – sociedade...
Não está fácil mãe, não sei como será,
Não sei o que será, como serão meus netos,
Os pais dos meus netos e filhos dos meus netos!...
Porquê, Mãe, Que a vida correu assim!
Agora! Internet, Televisão, Engarrafamento, Individualismo...

Família só dentro de casa e amigos só no dinheiro.
Oh! minha mãe, é preciso resgatar os Valores Morais, Familiares e Sociais,
Senão é a morte da família e a vida vai continuar veloz, Minha mãe!
Não há como parar e teremos de educar a sociedade,
Arranjar tempo para a família e ajudar o próximo,

Mudar políticas de trabalho Já que a velocidade da vida não muda,
Vamos buscar o bom do passado e do presente e dar ao futuro,
Vamos ter um dia: de folga no trabalho,
De visitar a nossa família e passear com os filhos,
De sair com a parceira(o) e não esperar S. Valentim,
Melhorar o que fazemos agora!
Vamos mudar a sociedade, Minha mãe!
O que é preciso custa muito, não será pior continuar assim?

Aconselha-me, minha mãe,
Aconselha a minha sociedade, mãe!...


Luanda 27/02/2005 * Casa 142 - 1.36 pm


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