segunda-feira, 8 de março de 2010

A Morte Da Família


Aconselha a minha sociedade mãe:

Mãe! Eu vi o fantasma social, a coisa está terrível lá fora

O Mundo está feroz, a sociedade está atroz, a vida está veloz,

Não há mais tempo para comer à mesa,

Passear durante o dia com os nossos filhos.

A rotina casa-trabalho dia-a-dia, dentro e fora,

Altas horas de consumo profissional e financeiro a colonizar-nos.

O ver família e brincar com os filhos virou excursão de museu,

Todos os nossos pilares em relação à família

Já não coadunam! Tudo desagua e sem açúcar!

Meus filhos quando saio e chego estão a dormir,

Sonhando como seria se tivessem uma mãe e 1 pai

Como no nosso tempo, anos setenta princípio de oitenta

E não dá para conciliar entra a necessidade do maldito dinheiro!

Ele, sim! O mesmo que diz que 100 mim Ninguém vive...

Tentamos colmatar, Oh! Minha Mãe!

Alugamos pais:

Um mais um – professores e mais uma colher – babas;

Quero meus pais – creche e rouba se preciso – sociedade...

Não está fácil mãe, não sei como será,

Não sei o que será, como serão meus netos,

Os pais dos meus netos e filhos dos meus netos!...

Porquê, Mãe, Que a vida correu assim!

Agora! Internet, Televisão, Engarrafamento, Individualismo...

Família só dentro de casa e amigos só no dinheiro.

Oh! minha mãe, é preciso resgatar os Valores Morais, Familiares e Sociais,

Senão é a morte da família e a vida vai continuar veloz, Minha mãe!

Não há como parar e teremos de educar a sociedade,

Arranjar tempo para a família e ajudar o próximo,

Mudar políticas de trabalho Já que a velocidade da vida não muda,

Vamos buscar o bom do passado e do presente e dar ao futuro,

Vamos ter um dia: de folga no trabalho,

De visitar a nossa família e passear com os filhos,

De sair com a parceira(o) e não esperar S. Valentim,

Melhorar o que fazemos agora!

Vamos mudar a sociedade, Minha mãe!

O que é preciso custa muito, não será pior continuar assim?

Aconselha-me, minha mãe,

Aconselha a minha sociedade, mãe!...

Luanda 27/02/2005 * Casa 142 - 1.36 pm, in ControVerso by Europress

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